BELÉM (PA) – Profissionais de imprensa que estão cobrindo a Reunião da Cúpula do Clima e a COP30 em Belém têm enfrentado uma situação inesperada e polêmica. Os altos preços cobrados no Centro Internacional de Imprensa (CIP) geraram revolta entre jornalistas brasileiros e estrangeiros, que classificam os valores como abusivos.
A discrepância ficou evidente quando comparada a outros eventos internacionais realizados no Brasil, como o G20 e o BRICS, no Rio de Janeiro, onde o governo federal ofereceu alimentação gratuita aos profissionais credenciados. Em Belém, no entanto, a única cortesia oferecida é água mineral. Todo o restante é pago — e com preços que têm causado indignação.
De acordo com relatos colhidos no local, os valores cobrados no CIP impressionam:
- Um salgado simples custa R$ 40,00;
- Um café com leite pequeno, R$ 25,00;
- Uma fatia de bolo, R$ 30,00.
Esses preços têm levado muitos profissionais a deixar o Centro Internacional de Imprensa em busca de opções mais acessíveis de alimentação em restaurantes e lanchonetes da cidade.
“Já não basta a hospedagem estar pelos olhos da cara, agora a comida está pela hora da morte! Assim não dá. Vou comer peixe frito com açaí no Ver-o-Peso. Aqui não dá!”,
— protestou um jornalista da República Democrática do Congo, em conversa com a reportagem.
🌍 Comparações com outros eventos internacionais
Nos eventos do G20 e do BRICS, organizados recentemente no Rio de Janeiro, os profissionais de imprensa contaram com refeições e lanches gratuitos, oferecidos pelo governo brasileiro. A diferença de tratamento chamou a atenção da categoria, que esperava uma estrutura mais acolhedora em um evento de magnitude global como a COP30.
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Além da alimentação cara, jornalistas também reclamam do alto custo da hospedagem em Belém, que subiu consideravelmente durante o período da conferência climática.
A reportagem procurou a organização da COP30 para comentar as denúncias sobre os preços cobrados no Centro Internacional de Imprensa, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
Enquanto isso, a insatisfação cresce entre os profissionais que, mesmo acostumados a cobrir grandes eventos internacionais, afirmam nunca ter enfrentado uma situação semelhante no Brasil.
Fonte: Carlos Magno









